domingo, 10 de maio de 2015

VOCÊ ACREDITA NAS CORES DA FOTOGRAFIA QUE VÊ NO MONITOR DO SEU COMPUTADOR?


por Cau Pansardi

Nesses tempos digitais, todos sabemos, os fotógrafos foram obrigados a acumular tarefas que outrora eram executadas por terceiros. Atualmente o fotógrafo, além de capturar a imagem à sua frente, é responsável por sua revelação, edição, tratamento e saída no formato solicitado pelo cliente — o que pode incluir um arquivo digital para visualização em diversos dispositivos ou para exibição na web, para apresentações, projeções, para a impressão de álbuns, quadros, revistas, jornais e uma infinidade de propósitos.
Para tornar possível que a imagem transite entre os diversos dispositivos (celulares, tablets, câmeras, scanners, projetores, impressoras, etc) mantendo a fidelidade das cores capturadas no momento do registro durante todo o fluxo de trabalho, é necessário que exista um gerenciamento de cores adequado ao processo.


Esta é a hora de chamarmos a atenção para um fato: se a captura é vinculada (câmera conectada ao computador), visualizamos a imagem diretamente no monitor ligado ao computador e, se a captura não é vinculada, damos uma rápida conferida no visor da câmera para, posteriormente, examinarmos o arquivo no monitor do computador. É com a visualização do(s) arquivo(s) através do monitor que faremos nossa edição, tratamento, etc. Softwares como Lightroom e Photoshop permitem, inclusive, que possamos ver uma prévia de como a imagem se comportará ao ser enviada para outro dispositivo. Se enviamos nosso(s) arquivo(s) para nossos clientes e/ou fornecedores em qualquer lugar do planeta, queremos que a imagem possa ser vista como foi por nós idealizada e interpretada — da mesma forma, com as mesmas cores.
O monitor é a base para todo o processo que se inicia após a captura. É a imagem nele exibida que servirá como padrão para a comparação com a imagem impressa, com a imagem projetada, com a imagem visualizada em outros dispositivos e assim por diante.


Neste momento, vem a pergunta:


“VOCÊ ACREDITA NO MONITOR DO SEU COMPUTADOR?” 

Será que ele te mostra, corretamente, os dados contidos no seu arquivo?

Para os profissionais, que trabalham com imagens - fotógrafos, ilustradores, publicitários, designers e outros - é premissa obrigatória, que se utilize um bom monitor e hoje o mercado oferece boas opções, a preços competitivos.


Mas, por melhor que seja o monitor, por mais que os fabricantes alardeiem, que seus monitores saem “calibrados” de fábrica e ainda que forneçam perfis “enlatados”, para serem utilizados junto a seus monitores, nada substitui uma calibração bem feita e uma posterior caracterização, adequadas ao seu monitor. 

Esta é a melhor forma de garantir, que a capacidade do seu monitor está sendo aproveitada ao máximo e que as informações contidas em seu(s) arquivo(s) estão
sendo visualizadas da melhor forma possível, dentro dos padrões internacionais, estabelecidos pelo Consórcio Internacional de Cores (ICC).


* A partir de agora, Cau Pansardi passa a fazer parte da equipe de colaboradores da Escola de Fotografia Studio3 & Sesiminas, assumindo a área de ensino e consultoria sobre impressão, gerenciamento de cores e tratamento de imagens.
Assim, a Escola amplia a gama de cursos oferecidos - sempre, ministrados por professores qualificados - e busca a formação, cada vez mais consistente, de seus alunos, que estarão aptos para o mercado de trabalho.
Para nós, é uma honra, contar com um amigo e expert nos temas, na equipe da Escola!

Conheça Cau Pansardi:

Interessou-se pela fotografia ainda jovem e começou a estudar, por sua própria conta, as técnicas fotográficas da época.

Tendo cursado Engenharia Mecânica, trabalhou durante mais de 20 anos junto à indústria automobilística, principalmente na área da qualidade e fazendo da fotografia o seu hobby.


No início dos anos 80 dedicou-se ao estudo da computação gráfica e da editoração eletrônica, executando trabalhos para revistas, jornais e agências de publicidade, em seus horários livres.
Nos anos 90 abandonou a área da engenharia e abriu sua primeira empresa dentro da área gráfica.
Trabalhando com a impressão de material voltado para publicidade, teve contato com as maiores agências publicitárias de São Paulo e dedicou-se a estudar técnicas de impressão e gerenciamento de cores.


Sempre apaixonado pela criação e manipulação de imagens, passou a imprimir, com alta qualidade, seus próprios trabalhos fotográficos e a fazer gigantografia de imagens, utilizando-se da tecnologia de jato de tinta, que então se iniciava. 


Seu trabalho na área fotográfica começou a despertar a atenção de outros fotógrafos, que queriam ter suas imagens impressas com fidelidade de cores e em tamanhos e formatos não disponibilizados pelos laboratórios.

Em 2006 mudou-se para Belo Horizonte, continuando a capitanear sua empresa de impressão de material publicitário até 2009.


Unido de uma forma ativa à Associação de Fotógrafos Fototech, passou a conhecer melhor a produção fotográfica mineira e no final de 2010 abriu o Bureau 5000K, especializado em impressão fine art.
Atualmente, além de se dedicar ao Bureau 5000K, presta consultoria a empresas gráficas e fotógrafos e ministra cursos e workshops para grupos particulares e instituições acadêmicas.


Um comentário:

  1. É um espetáculo o trabalho do Cau! Ele cuidou das impressões das fotografias para minha exposição "Instável Equilíbrio" e, além de fazer um trabalho impecável, me atendeu com muita atenção e generosidade.

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