quinta-feira, 12 de maio de 2016

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO VISUAL NA DIAGRAMAÇÃO DE ÁLBUNS E FOTOLIVROS

À época da fotografia em filme, o fotógrafo tinha menor envolvimento com o design de seus trabalhos. Hoje, na era do digital, ele está comprometido e precisa dominar o fluxo de produção de seu trabalho: é preciso conhecer e definir todas as etapas desde a concepção da fotografia, a técnica, o tratamento, o projeto gráfico do álbum ou fotolivro e a embalagem, que será entregue a seu cliente. O resultado final reforçará seu estilo e, consequentemente, atrairá o público alvo.

Para que o tempo de trabalho do fotógrafo seja otimizado e bem sucedido, todo processo se inicia com um planejamento, que será entregue a cliente. 

O Layout





O layout faz parte do processo de diagramação, que é a tarefa de organizar os elementos de uma página (texto, fotografias, cor, etc.) de maneira tornar a mensagem mais legível e agradável - a sequência de páginas diagramadas, compostas por vários elementos visuais, formam uma narrativa visual, que deve ser fiel ao evento ou ensaio fotografado.
É a partir do esboço - rough - que se chega ao layout.



Todo layout começa com um espaço em branco, que pode ser preenchido com
textos, imagens, cores, etc., mas, acima de tudo, deve ser preenchido com objetividade,
simplicidade e inteligência.


O layout baseia-se na organização, equilíbrio e ordenação dos elementos comunicacionais. É preciso ter a compreensão que tudo em uma página significa algo, ou seja, não apenas as palavras e imagens, mas toda a disposição das informações, na página, possuem  significado e influência no modo como o observador vai apreender a mensagem.


Um bom layout precisa deixar a mensagem clara para ser compreendida e agradável para ser percebida. Um layout criativo é aquele inovador e eficiente!


Diagramar um álbum ou fotolivro não consiste, simplesmente, em distribuir os elementos, que compõem o produto final no espaço do papel.

Diagramar é hierarquizar informações e valorizar as fotos.
Trata-se da escolha do que é mais importante ou do que desejamos que o observador veja primeiro. É estabelecer a sequência ideal de leitura do impresso fotográfico.

Mas, isso não quer dizer que o observador veja o álbum ou fotolivro por partes,
entretanto, há diferenças entre a leitura de um texto verbal e a leitura de um texto não
verbal (imagem).

A imagem é apreendida como um todo, enquanto o texto é linear e apreendido sequencialmente. Além disso, o texto é explícito, enquanto a imagem é ambivalente. Porém, o que lhe falta em precisão, sobra em riqueza de informação. Se por um lado, a imagem é menos explícita que o texto, por outro, tem a vantagem de comunicar mais informações de imediato e simultaneamente.

Ainda existem linhas, pelas quais o olho passa, no processo de compreensão da
mensagem. 




Um dos grandes equívocos cometidos por principiantes ao diagramar uma página
é distribuir as informações "por igual", sem deixar "brancos" - temos então, um resultado ineficiente, uma vez que, uma página "por igual" não estabelece a hierarquia tão necessária à comunicação.


Deixe as Fotos Respirarem!

 

É preciso considerar, que os espaços em branco também são significativos.
O ideal é deixar uma "área de silêncio" em torno de uma informação, que julgamos importante.


O vazio ao redor da informação significa "respirar" antes e depois de lê-la.

Esse "respirar" amplia o impacto da informação e ajuda o observador a perceber sua
importância.

Trata-se de um tempo para que o leitor processe e compreenda a informação, confronte ou complete esse conhecimento com o restante do que é proposto.
Vale lembrar que, nas artes gráficas, o “branco” pode ser azul, amarelo ou
qualquer cor. Na verdade, corresponde à área não ocupada por imagens ou letras.


Considere usar um número menor de elementos visuais em sua diagramação, inmclusive, fotografias e preserve os espaços de respiro - certamente, o resultado será melhor!

Andreia Bueno 
Maio . 2016
Escola de Fotografia Studio3 & Sesiminas
 

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