terça-feira, 11 de novembro de 2014
O FOTÓGRAFO EM TEMPOS DE "CRISE"
Ando pensando, elaborando muito sobre o panorama sócio- econômico de nosso país, a partir do próximo ano.
Pelos prognósticos, teremos um período de austeridade, o que deve afetar todos os setores da economia e os reflexos serão sentidos em todos os níveis.
Sinceramente, dentro da minha perspectiva e experiência, acredito que teremos, sim um momento (que pode se prolongar) de ajustes, mas que não será tão "negro" quanto nos faz crer a mídia.
Na área em que atuo como autônoma - a Fotografia - vejo diversas vantagens.
O fotógrafo autônomo é, basicamente, um empreendedor.
Dessa forma, momentos como esse são desafios, que nos fazem descobrir outras estratégias para alcançar os clientes, formas mais eficientes de administrar nosso negócio, necessidade de aperfeiçoamento nos estudos e desenvolvimento de novas capacidades.
Costumo dizer, que estudar não tem "preço" - é um investimento.
Quanto posso extrair, ao longo da vida, aproveitando o que aprendo com outro profissional? Vai depender de como aproveito as oportunidades.
Caro, é aquilo que não é transformado em resultados práticos.
O fotógrafo autônomo, ainda vive o privilégio de "não perder o emprego", caso o empregador não tenha lastro para suportar a situação - ele cria oportunidades e garante seu trabalho.
É um dos encantos de trabalhar com o que se ama e por sua própria conta.
Por outro lado, sempre orientei meus alunos e os que me questionam sobre o momento crucial, que vivemos quando em crise financeira - é preciso reservar um percentual em dinheiro, de cada trabalho fotográfico realizado, para aguentar os solavancos, que ocorrem no mercado.
Não importa se o montante é R$10,00 ou R$1000,00 - a reserva deve ser construída, mesmo que lentamente.
Além disso, vejo outra grande oportunidade, como cita a reportagem de 2013, sobre a crise e os fotógrafos em Portugal:
. Os tempos de crise servem para "peneirar" os que atuam no mercado fotográfico, permanecendo apenas, os profissionais de verdade - os aventureiros, os que não se capacitaram de forma adequada, não se prepararam de forma ampla e consistente - os que não sabem "precificar" - vão ser eliminados.
O mercado será mais justo e equilibrado, permanecendo os verdadeiros profissionais, que dominam, não so a técnica fotográfica, como também, a comunicação visual, a manipulação de arquivos digitais e sua própria natureza, as técnicas de iluminação, a aplicação da fotografia em seus vários ramos, a teoria de cores, a arte e a história e o gerenciamento de carreira, entre outros temas.
Afinal, quem não tem competência, não se estabelece.
Pessoalmente, e depois de ter passado por inúmeras tempestades, afirmo - sem dúvida alguma - que a Fotografia é sim, uma área. extremamente, rentável.
É uma profissão encantadora e que pode sustentar, tranquilamente, uma família.
Depende de como nos preparamos para atuar no mercado e do quanto nos empenhamos em fazer crescer nossa carreira.
Se você quer ter sucesso, prepare-se e empenhe-se - mas não se assuste com tempestades.
Trabalhe para construir um abrigo seguro - eles passam.
E você, FOTÓGRAFO PROFISSIONAL, fica.
Andreia Bueno
Novembro . 2014
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