Vestido para Fotografar
Depois de todo equipamento preparado, conferido e acomodado na mochila, é o momento do fotógrafo se vestir, confortavel e adequadamente para o trabalho de campo. Parece óbvio que, para uma noite fria necessita-se de roupas quentes, mas muitos se surpreendem sentindo muito mais frio do que poderiam supor, quando precisam ficar parados, observando e aguardando uma longa exposição.
Usar roupas sobrepostas, toucas que cubram as orelhas e luvas são excelentes práticas sob temperaturas que podem chegar abaixo de 10C. Luvas de lã que se abrem nas pontas para expor os dedos são muito úteis, evitando que o fotógrafo tenha que retira-las para manipular a câmera. Outra boa opção são luvas de material aderente, que não atrapalham a destreza do fotógrafo diante da necessidade de ajustar sua câmera. Aquecedores químicos para mãos e pés podem fazer uma enorme diferença – geralmente, vêm dentro de saquinhos de tecido, pouco maiores do que saquinhos de chá. Em contato com o ar, produzem calor e podem ser usados dentro de luvas e botas, gerando calor por, até, oito horas. Normalmente, os fabricados para aquecimento dos pés funcionam melhor quando utilizados nas mãos com luvas de lã tipo “finger-flip (que se abrem nas pontas dos dedos), pois vêm com uma fita adesiva que os mantém no lugar, quando há necessidade de abrir as luvas.
Você pode encomendá-los através do Ebay por preços razoáveis: http://www.ebay.com/itm/20-Grabber-Hand-Toe-Foot-Warmers-Warmer-Hot-Packs-NEW-Steep-discounts-available-/280735047867?pt=LH_DefaultDomain_0&hash=item415d1ce0bb
Optar por vestir roupas de cor escura atende à duas finalidades: se o fotógrafo, acidentalmente, passar na frente da câmera durante uma longa exposição ou precisar “entrar” na cena para adicionar luz, vai minimizar a possibilidade de “aparecer” na imagem final, desde que não permaneça no mesmo lugar por muito tempo.
Estará, também, diminuindo a chance de atrair a atenção para si, no caso de precisar passar por propriedades particulares ou, simplesmente, desejar trabalhar sem ser notado.
Sapatos confortáveis, que oferecem proteção razoável quando o fotógrafo vai caminhar por locais desconhecidos são essenciais. Sandálias e sapatilhas não são boas escolhas.
Uma garrafa térmica com chá ou café, outra com água filtrada e um lanche leve são as escolhas ideais para uma noite fria – estar bem alimentado, hidratado e vestido, confortavelmente, pode fazer toda diferença para uma longa e produtiva noite.
Finalizando, levar consigo um pequeno portfólio ou mesmo, algumas fotos impressas se torna muito útil no caso do fotógrafo ser abordado por guardas de segurança ou pela polícia – situação possível de acontecer, quando se fotografa de madrugada, em locais desconhecidos.
Estar preparado, com o equipamento certo, roupas e acessórios confortáveis torna a experiência muito mais agradável e ajuda o fotógrafo a manter sua concentração no trabalho que está realizando.
Troy Paiva . Um Fotógrafo Dedicado à Longa Exposição
Troy Paiva, criador do http://lostamerica.com, cria imagens noturnas, mesclando a técnica de Longa Exposição com Light Painting, em locais abandonados e ferros-velhos, desde 1989. Seu trabalho de caráter documental, ainda que surrealista e apresentando um toque de bom humor, às vezes surpreende e assombra, quando expõem a evolução e, eventual, abandono das comunidades, da infra-estrutura e a iconografia social, gerada durante a expansão da América no século XX, nos desertos e cidades do Oeste americano, embora suas caminhadas no meio da noite para extrair arte de ruínas, provoquem intensas e reconfortantes, emoções.
Nos últimos 11 anos o site tem sido multiplicador, com a postagem de milhares de hits. As fotografias de Troy têm sido publicadas na imprens, em mais de uma dúzia de países, incluindo a capa de três livros de Stephen King e teve duas monografias premiadas:
“Lost America: Night Photography of the abandoned Roadside West“ em 2003 (Motorbooks International), e “Night Vision: The Art of Urban Exploration”em 2008 (Chronicle Books).
O trabalho de Troy já foi exibido em museus e galerias de Nova York, Los Angeles, Suécia e San Francisco. Em 2010 e 2011, atuou como juiz convidado no reality show “The Singapore Big Shot”.
A mania atual de fotografar à noite e utilizar a técnica de light painting, executada em locais abandonados começou , exatamente, no Lost in America, em 1999. Consequentemente, o trabalho de Troy, utilizando técnicas de alto impacto e baixo custo tem sido emulado no mundo todo.
O "Lost America" é, verdadeiramente, um trabalho original.
“Nos vinte anos em que tenho fotografado durante a noite, em locais abandonados e ferros-velhos, uma questão tem surgido com frequência: “Por que, se existem tantos lugares na Terra, você foi parar lá, para fotografar?”. Muitas das vezes é, simplesmente, uma questão de ir, sem nenhuma intenção definida, na direção desses lugares. Um número surpreendente de lugares abandonados, com aspecto de mal-assombrados, aparecem pela estrada - cidades-fantasma isoladas no deserto, instalações industriais desativadas e bases militares decadentes, sem muros ou grades, sem portas ou seguranças onde é possível, simplesmente, entrar e fotografar.
Se o local é particular ou está guardado por seguranças, pode ser, simplesmente, uma questão de solicitar permissão de acesso. Explicar que se está praticando Fotografia Noturna, geralamente, causa confusão, já que a maioria dos leigos não imagina que seja possível. Exibir amostras das fotografias que podem ser realizadas, é uma forma eficaz de convencimento, por isso, é interessante ter consigo algumas amostras do trabalho utilizando a técnica da fotografia noturna.
“Nos vinte anos em que tenho fotografado durante a noite, em locais abandonados e ferros-velhos, uma questão tem surgido com frequência: “Por que, se existem tantos lugares na Terra, você foi parar lá, para fotografar?”. Muitas das vezes é, simplesmente, uma questão de ir, sem nenhuma intenção definida, na direção desses lugares. Um número surpreendente de lugares abandonados, com aspecto de mal-assombrados, aparecem pela estrada - cidades-fantasma isoladas no deserto, instalações industriais desativadas e bases militares decadentes, sem muros ou grades, sem portas ou seguranças onde é possível, simplesmente, entrar e fotografar.
Se o local é particular ou está guardado por seguranças, pode ser, simplesmente, uma questão de solicitar permissão de acesso. Explicar que se está praticando Fotografia Noturna, geralamente, causa confusão, já que a maioria dos leigos não imagina que seja possível. Exibir amostras das fotografias que podem ser realizadas, é uma forma eficaz de convencimento, por isso, é interessante ter consigo algumas amostras do trabalho utilizando a técnica da fotografia noturna.
Antes de meus livros serem lançados, eu sempre levava um case de imagens impressas no formato 15 X 21 cm e através delas, explicava a respeito de tempo de exposição, trilhas de estrelas, movimentos de nuvens e light painting – muitas vezes, depois de verem minhas fotografias, me convidavam a deixar o local.
Se não houver ninguém no local quando o fotógrafo chega ao campo, é interessante que ele tenha consigo, o cartão de visitas do responsável pela autorização – pode ser que a autorização verbal não seja suficiente. Certa ocasião, fui detido por um policial num local cercado de seguranças – ele estava pronto para me conduzir á delegacia, até que lhe mostrei o cartão da responsável pela autorização para fotografar no local. O policial, então, chamou-a ao telefone, à meia-noite para se certificar de que eu tinha permissão. Ela odiou ter que atende-lo, mas salvou-me daquela situação.
Desta forma, mesmo uma nota escrita permitindo a sessão no local, pode não ser um exagero em determinadas situações.
Alguns proprietários exigem que o fotógrafo seja, ainda mais, convincente. Oferecer-lhes cópias das fotos feitas em sua propriedade pode ser eficaz – assegure-se de cumprir o prometido.
Já vivenciei uma situação como essa, mesmo usado um pacote com 12 latas de cerveja, como quebra-gelo. Tudo reside na atitude do fotógrafo e na maneira como ele se dirige aos responsáveis pelas propriedades onde se deseja fotografar.
Certifique-se que os motivos pelos quais aquele é o local escolhido, foram entendidos. Argumente: “Amo a história e a atmosfera desse lugar” e que você é um artista que deseja capturar a alma daquele lugar dramático”.
Seja otimista, passe uma boa impressão e mostre-se animado com a perspectiva de fotografar lá. A conversa, inclusive, ajudará o fotógrafo a conhecer mais sobre o local onde irá fotografar. Lembre-se de usar uma linguagem que o proprietário seja capaz de entender.
Alguns proprietários podem exigir pagamento. Fotógrafos profissionais freqüentemente pagam os proprietários dos locais para que tenham privilégios de acesso, anotando o valor como parte das despesas de um trabalho remunerado. Se o fotógrafo está vendendo as imagens, o proprietário do lugar tem o direito de receber uma parte do valor apurado. Se, pelo contrário, o fotógrafo está clicando por hobby, deve explicar que não há intenção de venda das imagens e que é, apenas, um projeto artístico.
A clássica justificativa "Eu sou um estudante de arte" fez maravilhas ao longo dos anos, mas quanto mais velho fico, menos ele parece funcionar.
Alguns proprietários argumentam: "Meu seguro não cobre acidentes com estranhos dentro de minha propriedade. Se você se machucar, eu sou responsável”. A melhor maneira de solucionar esse obstáculo é ter seu próprio seguro. Se ter uma apólice significa a obtenção de acesso a locais privilegiados, é um investimento mais inteligente do que uma lente nova.
Ter permissão para acessar um local permite que você trabalhe em paz, relaxe e não se preocupe em see descoberto invadindo o espaço alheio. Você não tem que se preocupar em manter as lanternas escondidas ou abaixadas, o que é especialmente importante, se se programou para o light painting.
Alguns proprietários argumentam: "Meu seguro não cobre acidentes com estranhos dentro de minha propriedade. Se você se machucar, eu sou responsável”. A melhor maneira de solucionar esse obstáculo é ter seu próprio seguro. Se ter uma apólice significa a obtenção de acesso a locais privilegiados, é um investimento mais inteligente do que uma lente nova.
Ter permissão para acessar um local permite que você trabalhe em paz, relaxe e não se preocupe em see descoberto invadindo o espaço alheio. Você não tem que se preocupar em manter as lanternas escondidas ou abaixadas, o que é especialmente importante, se se programou para o light painting.
Além disso, você pode publicar seu trabalho mais tarde, sem com isso, desrespeitar o direito do proprietário.”
Troy Paiva
Checklist
• Providenciar uma autorização, de preferência por escrito, é melhor do que invadir, mesmo que o local seja objeto de desejo e pareça tranquilo.
• Sempre carregue amostras de seu trabalho.
• Seja amigável e aberto com os proprietários e as autoridades.
• Tenha seguro.
• Evite outras invasões.
• Informe-se sobre as regras do local onde pretende fotografar – o que é considerado invasão e quais as consequências disso.
Fotografar à noite requer um olhar o mundo sob uma perspectiva diferente. A Fotografia Noturna não deve ser considerada, meramente, uma extensão da fotografia feita de dia, pois a luz da noite transforma o mundo conhecido em algo desconhecido e estranho. Da mesma forma que fotografar num estudio, depois de passar todo o dia trabalhando sob luz natural exige uma abordagem diferente, fotografar à noite exige diferentes considerações.
Obviamente, as habilidades fotográficas e conhecimento irão auxiliar o fotógrafo, mas haverão surpresas pela frente, muitas novidades a aprender e excitantes descobertas a serem feitas.
Porque a luz da noite é responsável, em grande parte, pelo que torna a fotografia noturna especial, considerando que à luz do dia, existem limitações. À noite, ao se retornar a um local visitado durante o dia, pode-se ter uma grande decepção, já que determinadas condições noturnas tornam algumas imagens impossíveis de serem feitas.
• Seja amigável e aberto com os proprietários e as autoridades.
• Tenha seguro.
• Evite outras invasões.
• Informe-se sobre as regras do local onde pretende fotografar – o que é considerado invasão e quais as consequências disso.
Fotografar à noite requer um olhar o mundo sob uma perspectiva diferente. A Fotografia Noturna não deve ser considerada, meramente, uma extensão da fotografia feita de dia, pois a luz da noite transforma o mundo conhecido em algo desconhecido e estranho. Da mesma forma que fotografar num estudio, depois de passar todo o dia trabalhando sob luz natural exige uma abordagem diferente, fotografar à noite exige diferentes considerações.
Obviamente, as habilidades fotográficas e conhecimento irão auxiliar o fotógrafo, mas haverão surpresas pela frente, muitas novidades a aprender e excitantes descobertas a serem feitas.
Porque a luz da noite é responsável, em grande parte, pelo que torna a fotografia noturna especial, considerando que à luz do dia, existem limitações. À noite, ao se retornar a um local visitado durante o dia, pode-se ter uma grande decepção, já que determinadas condições noturnas tornam algumas imagens impossíveis de serem feitas.
Por outro lado, cenas que devem ser fotografados à noite saltam aos olhos, embora passem despercebidos ou, simplesmente, não existam à luz do dia. A fotografia noturna apresenta inúmeros desafios técnicos, mas também, inúmeras oportunidades.
Na fotografia noturna o fotógrafo se depara com mais variáveis do que constantes e muitas delas estão fora do controle.
Alguns acham se sentem frustrados por isso, outros consideram emocionante.
Dependendo do caso, ter conhecimento pleno sobre a capacidade, comportamento e resposta do sensor da câmera ou do filme escolhido, sob determinadas situações, indicarão o que funcionará ou não quando se fotografa à noite.
O contraste extremo e uma faixa dinâmica ampla são os mais complexos desafios que se enfrenta para a obtenção do sucesso numa fotografia noturna.
Fotógrafos digitais têm de lidar com o ruído criado por longas exposições ou configurações estabelecidas em ISO elevadas.
Compor e focar sob luz deficiente pode ser tornar complicado e difícil.
O fenômeno chamado Flare , ocasionado por múltiplas fotntes luminosas no ambiente noturno constitui-se num problema e é de difícil previsão.
Acostumar-se ao trabalho no escuro leva algum tempo, mas faz grande diferença no nível de conforto durante a fotografia noturna.
Preparando-se
Preparando-se
Vestir-se apropriadamente para o clima e para seu local de destino, organizar a mochila de forma ordenada e lógica e dominar os controles da câmera são as únicas medidads que o fotógrafo tomar tomar para tornar seu trabalho de campo mais confortável e produtivo.
A menos que o fotógrafo esteja acostumado a utilizar o tripé, existem grandes chances de que, com o passar do tempo, sejam necessárias mudanças de atitude e uma abordagem diferente. A fotografia noturna não é espontânea e trabalhar de uma forma metódica e consciente minimiza a probabilidade de erros.
Simples atitudes como manter, sempre, cada ítem no mesmo lugar dentro da mochila significa que o fotógrafo não será obrigado a gastar tempo “caçando” um objeto com a lanterna – será possível, inclusive, encontrar o que precisa no escuro.
Embora algumas pessoas prefiram usar lanternas de cabeça, elas tendem a ser mais brilhantes do que o necessário e podem atrair atenção indesejada e o mais importante – há a possibilidade de arruinar uma fotografia, caso o fotógrafo caminhe, inadvertidamente, dentro da “cena” tendo esquecido de apaga-la.
Após 15 ou 20 minutos, os olhos se adaptarão aos níveis mais baixos de luz, de forma que não será preciso uma fonte de luz artificial para que tudo seja enxergado e evitando o uso da lanterna, preserva-se a visão noturna.
Outro procedimento simples, que pode tornar o trabalho de campo mais fácil, é a fixação com fita dupla face de silicone, de um pequeno pedaço de velcro na parte traseira do disparador ou controle remoto e prende-lo na perna do tripé. A maioria desses acessórios possuemm cabos, desnecessariamente, longos e o velcro vai mantê-lo no lugar, evitando com isso, que ele fique pendurado na câmera.
Procedimentos simples como esse podem ter um impacto surpreendente sobre a experiência global. Cada passo que o fotógrafo dá na direção da padronização do fluxo do trabalho de campo ajuda a minimizar erros técnicos, que podem arruinar uma exposição de, às vezes, mais de uma hora.
O conhecimento básico do ciclo lunar, da trajetória da Lua no céu – onde nasce e onde se põe - dos eventos celestes (como eclipses, chuvas de meteoros e cometas) e informações sobre o clima irão auxiliar o fotógrafo a decidir onde e quando fotografar.
Ter um calendário lunar no desktop , ou mesmo gravado no celular, mantém esses dados ao alcance.
Planejar com antecedência é sempre benéfico, mas estar preparado para aventurar-se em condições surpreendentes como uma densa neblina é fundamental – determinadas situações surgem sem aviso prévio e podem se transformar em oportunidades únicas.
Permita-se espontaneidade para aproveitar, ao máximo, circunstâncias especiais.
Agora acho que terei mais capacidade de fazer uma fotografia noturna decente. Vi algumas fotos no site e no flickr dele também. São excelentes.
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