sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

FOTOGRAFIA NOTURNA . LOW LIGHT PHOTOGRAPHY . PARTE I

Foto: Andreia Bueno . Março de 2011

Iniciando o tema “Fotografia Noturna”, o texto discorre sobre os equipamentos e como eles se relacionam com os processos e desafios desse tema.

Embora a escolha de câmeras, objetivas, tripés e outros acessórios seja uma questão pessoal, uma breve explicação sobre o equipamento essencial para a fotografia noturna pode ajudar o fotógrafo a optar de forma eficiente.


A Câmera

Quase toda câmera que permita encaixe em tripés, possui controles manuais e possibilidade de exposições prolongadas podem ser utilizadas. Geralmente, as câmeras compactas, point-and-shoot não funcionam muito bem à noite e ,até mesmo, aquelas que possuem o modo pre-definido “cena noturna”, funcionam apenas, para fotografias em condições específicas, de monumentos iluminados, fogos de artifício
ou para imagens que combinem a exposição utilizando o flash incorporado com tempos, levemente, estendidos.

A regra geral para câmeras de filme é “quanto mais simples, melhor. Câmeras totalmente mecânicas, que não necessitam de bateria para acionar o obturador, funcionam muito bem para a fotografia noturna.

As câmeras SLR de baixo custo, fabricadas a partir de 1970, como a Pentax K1000, Nikon FM ou FG, ou Canon FTB, permanecem disponíveis no mercado de equipamentos usados e são, geralmente, duráveis ​​e confiáveis. Câmeras médio formato e TLR são, também, adequadas a esse tipo de trabalho e ,surpreendentemente, acessíveis, depois que os profissionais que costumavam utiliza-las, migraram para as digitais.
 

As famosas Hasselblad série 500 são utilizados por muitos fotógrafos e por boas razões - são simples de operar e construídas para durar. Até mesmo as câmeras grande formato podem ser usadas com sucesso na fotografia noturna, embora possa ser, extremamente, desafiador compor e focar.

Todas as câmeras DSLR podem ser usadas à noite, mas, na maioria dos casos, os modelos mais novos produzem melhores resultados. A maior vantagem das câmeras DSLR recentes é o fato de produzirem níveis menores de ruído, mesmo trabalhando em longos tempos de exposição e sensibilidade ISO elevada, em relação às mais antigas. 

Essa afirmação é, especialmente, comprovada quando se observa os resultados obtidos pelas câmeras dotadas de sensores full frame, quando comparados aos produzidos por câmeras que possuem sensores menores, embora o ruído esteja sendo, cada vez menos importante, a cada geração de câmeras produzidas e a cada software de processamento lançado.

Câmeras digitais são produtos em que se tem, realmente, o que se paga e, geralmente, uma boa prática é adquirir o lançamento mais recente e mais caro que a capacidade financeira do fotógrafo pode comprar –supondo-se que se pretende imprimir as fotografias capturadas.

Se a intenção é, apenas, exibi-las num site, uma câmera com menor capacidade é suficiente. 

As principais características a serem observadas ao adquirir uma câmera digital são as seguintes:

• A primeira e mais relevante característica necessária é a capacidade de gravar arquivos RAW e possuir controles de exposição, totalmente, manuais.


• Procure câmeras que possuem sensores CMOS, que são menos suscetíveis ao ruído em longas exposições, devido ao acumulo de calor.
As marcas Canon e Nikon usam sensores CMOS em todos os seus modelos atuais.

• O recurso Live View é, extremamente, útil para focagem.

• A capacidade de trabalhar em ISO elevado (6400 ou superior) é importante para a realização de exposições de teste, sob a luz deficiente da noite ou madrugada.

• Prefira câmeras que tenham a opção de configuração, no menu, para redução de ruído em ISO elevado e em longos tempos de exposição.

• Verifique a disponibilidade de entrada de um cabo disparador com um temporizador embutido.

• Algumas câmeras, que disponibilizam a opção de “redução de ruído em ISO elevado” ou “redução de ruído em longa exposição”, permitem que se continue fotografando enquanto o ruído é, pela câmera, processado – verifique a possibilidade. Nas Canon, essa capacidade é característica dos modelos 5D e 5D Mark II ou superiores.

• Câmeras com sensores full-frame geram menos ruído e possuem variadas opções de objetivas disponíveis.

• A câmara utilizada na fotografia de longa exposição, deve ter um corpo bem construído, resistente à intempéries.
• O controle da sensibilidade ISO deve ser, facilmente, acessível.

• Escolha uma câmera que possua o painel LCD traseiro iluminado, ou melhor ainda, informações de configuração exibidas.

Objetivas

Depois da câmera, a escolha da objetiva é o próximo passo.

Objetivas de distância focal fixa, as chamadas “lentes prime” e as objetivas que possibilitam opção pelo foco manual, produzem melhores resultados e são mais fáceis de trabalhar em condições deficientes de luz.

Apesar das objetivas que possuem foco automático oferecerem a opção para foco manual, são otimizadas e construídas para produzirem seu melhor resultado, quando se utiliza o foco automático.

A velocidade de foco é a principal preocupação nas objetivas para que consigam focar objetos em movimento.

Assim, o grupo de lentes - que compõe a objetiva deve se movimentar a fim de conseguir focar, do ponto de foco mais próximo até o infinito - é bastante reduzido nas lentes auto foco. Um grupo de lentes reduzido, somado à baixa tensão das mesmas, características da construção de várias objetivas, dificultam a operação de focagem manual e sua precisão. 

Outra característica de construção das objetivas modernas, concebida para preservar o motor de auto foco, é sua capacidade de focar além do infinito. Isto significa que, quando se está focando manualmente, não basta simplesmente, girar todo corpo da objetiva, movimentando o jogo de lentes em seu interior até o final, para definir o foco no infinito – nesse ponto, a objetiva estará focando além do infinito. Se uma objetiva é, acidentalmente, focada para além do infinito, nada ficará nítido na fotografia capturada.

Lentes prime, geralmente, têm aberturas de diafragma maiores do que as lentes zoom, o que torna mais fácil a tarefa de focagem, enquadramento e composição da foto no escuro.
A maioria das prime têm melhor rendimento, desempenho e produzem imagens de qualidade superior, mesmo quando comparadas às melhores lentes zoom.
Prime são projetadas para uma única finalidade e zooms são obrigadas a realizar o trabalho de várias objetivas, muitas vezes, a um custo mais baixo.

Atualmente, por questões de conveniência, as lentes zoom são muito mais comuns do que as lentes prime.
As objetivas zoom, claro, podem ser utilizadas, porém, exigem cuidado extra.
A qualidade das imagens obtidas com objetivas zoom melhorou, substancialmente, nos últimos anos - problemas de reduzida nitidez, resolução inferior e flare são, hoje, menores do que eram a 15 anos.
Ainda assim, o complexo design óptico de objetivas zoom significa que, dentro do corpo, há mais superfícies de vidro capazes de refletir a luz, o que provoca flare. No caso de uso de objetivas zoom para a fotografia de longa exposição, é aconselhável evitar o uso das de baixo custo, que vem no kit de muitas câmeras, assim como as que cobrem uma escala de distãncias focais muita ampla.

Embora seja, inegavelmente, conveniente uma objetiva que varie de 18 mm (grande angular) a 200 mm - ou até 400 mm (teleobjetiva), não se pode esperar que ela tenha um desempenho tão eficiente quanto uma prime, mesmo que tenha preço elevado, principalmente, em condições desafiadoras, como as que se trabalha na fotografia noturna.

Para a maioria dos fotógrafos, o dinheiro gasto na alta qualidade de lentes prime, é bem gasto.
A Zeiss fabrica lentes prime de foco manual de excelente qualidade para mount Canon, Nikon e Pentax. Essas lentes são projetados para atender às exigências do trabalho com câmeras full frame DSLR de altíssimas resoluções.

Lentes prime com foco manual, fabricadas a partir da década de 1970 e 1980, oferecem excelente custo X benefício e podem ser , facilmente, encontradas no mercado de equipamentos usados. Não são tão boas quanto as modernas, mas oferecem ótimo retorno a um investimento mínimo e têm a vantagem de serem pequenas e leves.


É necessário observar que nem todas as lentes prime de foco manual podem ser utilizadas com câmeras DSLR, sendo necessário o uso de adaptadores, que são relativamente, baratos e estão se tornando cada vez mais comuns.

Quando a Canon e a Nikon (que há muito dominam o mercado SLR) lançaram equipamentos com sistema auto foco, em meados dos anos 80, adotaram  diferentes abordagens para a engenharia das novas câmeras e objetivas.
A Canon optou por começar do “ponto zero” e projetou um mount, completamente,  novo
A Nikon optou por manter o mount já existente, permitindo que os fotógrafos continuassem a usar suas lentes antigas.
Consequentemente, as primeiras lentes Canon dotadas de sistema auto foco, tinham desempenho mais rápido e mais suave do que as fabricadas pela Nikon.
Essa disparidade foi eliminada e alguns fotógrafos consideram que a Nikon apresenta uma ligeira vantagem no desempenho do auto foco, em relação a Canon.
Os avanços na tecnologia de auto foco privilegiaram, principalmente, a velocidade de focagem, em detrimento da performance, sob condições deficientes de luz.
A maioria das lentes Nikon de foco manual podem ser adaptadas nas DSLRs atuais.

As lentes Canon de foco manual (FD) não podem ser usadas em DSLRs Canon, sem um adaptador, que inclui um elemento ótico adicional o que, geralmente, reduz a qualidade da imagem. Estes elementos extras funcionam como teleconverters por aumentarem a distância focal e pelo fato de limitarem, de forma importante, o ângulo de visão da lente. 

Felizmente, para os que utilizam câmeras Canon, as roscas de montagem das objetivas Nikon, Olympus, Leica, M42 e as da Contax  de foco manual podem ser, facilmente, adaptadas sem a necessidade de um elemento óptico adicional.

Existem dois grandes inconvenientes na adaptação de objetivas de outros fabricantes nas câmeras DSLR de marcas diferentes. Devido a espessura da placa, que se encontra entre o corpo da câmera e a lente, a escala de distância da lente pode não ser precisa. Se um adaptador é utilizado, a focagem deve ser feita visualmente, em vez de através da escala de distância contida no corpo da objetiva.

Nenhum adaptador é necessário para se utilizar objetivas com foco manual Nikon, nas câmeras DSLR da mesma marca e a escala de distância pode ser, tranquilamente, utilizada para focagem no infinito.

Como as operações com essas lentes são, completamente, manuais, elas não são indicadas para outros tipos de trabalhos fotográficos, que exigem espontaneidade e resposta rápida do equipamento.


Objetivas que possibilitam controle da perspectiva (PC) são, especialmente, úteis para fotógrafos que atuam na área da arquitetura e precisam evitar a convergência de linhas verticais, ocasionada pelo movimento de inclinação da câmera, a fim de capturar o topo de altas edificações.
São, também, ótimas para criar fotos panorâmicas formadas por duas imagens capturadas com a lente deslocada para a extrema direita e para a extrema esquerda – a perspectiva não é alterada quando as lentes PC são deslocadas, permitindo que as imagens sejam, perfeitamente, soldadas usando-se o Photomerge, um plugin do Photoshop, que combina automaticamente, várias imagens em uma única panorâmica.

As lentes PC mais antigas podem ser adaptadas para as DSLRs e são, substancialmente, mais baratas do que as mais modernas. As modernas objetivas PC possuem melhor óptica e revestimento, que as produzidas nas décadas de 70 e 80, sendo portanto, mais nítidas e livres de aberrações cromáticas e flare.

A maioria dos amantes da fotografia noturna prefere objetivas grande-angulares a normais, que capturam mais da atmosfera da cena, enriquecendo a imagem obtida.
Elas podem, também, ser usadas ​​com aberturas maiores (proporcionando menor tempo de exposição), mantendo uma profundidade de campo razoável.
A seleção básica de objetivas prime para fotografia noturna inclui uma grande-angular extrema, uma grande-angular média e uma normal.

Grande-angulares extremas para sensores APS (sensores de dimensões menores do que os full frame) são limitadas e caras. Objetivas de distâncias focais maiores podem ser, também, utilizadas na fotografia noturna, embora apresentem o incoveniente de terem, geralmente, aberturas máximas de diafragma reduzidas, dificultando a tarefa de compor e focar no escuro. As teleobjetivas podem apresentar aberturas extremamente reduzidas, para que se obtenha profundidade de campo razoável, obrigando o fotógrafo a exposições mais longas ou a trabalhar com ISOs mais elevados, o que pode gerar imagens com altos níveis de ruído.

TRIPÉ


A próxima escolha é o tripé. Vale investir em um tripé de qualidade profissional, considerando sua estabilidade, tamanho e peso. Os modelos mais simples e de baixo custo não oferecem boas condições de trabalho, mesmo sob brisa suave.


É fundamental considerar estabilidade  X tamanho e peso, porque mesmo o mais caro tripé de fibra de carbono pode vibrar em determinadas condições de vento, uma vez que são, extremamente, leves.
Esses tripés podem ser adequados para exposições de alguns segundos, mas as longas exposições necessárias para fotografia noturna, à luz da lua, necessitam de um tripé resistente.

Alguns tripés possuem um gancho na parte inferior da coluna central, em que o fotógrafo você pode pendurar um peso e melhorar a estabilidade do conjunto, em situações de vento forte.

Tripés de qualidade têm seus componentes vendidos separadamente – cabeça e pernas.
O fotógrafo pode escolher pernas que tenham capacidade de ampliar sua altura, evitando com isso, a necessidade de se levantar a coluna central, já que essa manobra torna o sistema menos estável.
Tripés que têm pernas de três seções são, também, mais estáveis ​​do que os tripés de viagem, que têm quatro ou cinco seções e podem ser dobradas e se tornarem compactos e mais fáceis de transportar.

A maior parte das pernas dos tripés são feitas de alumínio ou fibra de carbono. Tripés de alumínio são mais baratos e tripés de fibra de carbono são mais leves.

Existem dois tipos principais de cabeças de tripé: as cabeças pan-tilt e cabeças esféricas.
As cabeças pan- tilt têm três botões para ajustar o ângulo da câmera, separadamente, em cada sentido e as cabeças esféricas movem-se, livremente, em todas as direções, quando o botão de ajuste está destravado.
As cabeças pan- tilt são as preferidas dos fotógrafos de arquitetuta, pois a câmera pode ser posicionada e alinhada com o assunto, com maior precisão. Tendem ainda, a serem maiores e mais pesados, mas são, geralmente, mais baratos do que os de cabeças esféricas de qualidade similar.

As cabeças esféricas utilizam um mecanismo composto por uma esfera e um soquete, para ajustar a posição da câmera, podendo ser ajustada em todas as direções com a manipulação de um único controle.
As cabeças esféricas de melhor qualidade possuem, ainda, um ajuste de tensão que os torna mais fáceis de serem controlados, mas esse recurso aumenta seu preço, consideravelmente.
As cabeças esféricas são as favoritas dos fotógrafos que trabalham com assuntos em movimento e exigem respostas rápidas e frequentes.

Embora a distinção entre esses tipos de cabeça não seja significativa para a fotografia noturna, um tripé estável é importante.

Cabos e Controles Remotos


O intervalo de velocidade de obturação da maioria das câmeras não ultrapassa os 30 segundos no modo manual e, embora esse intervalo de tempo seja suficiente para algumas cenas noturnas iluminadas, ambientes mais escuros exigem exposições muito mais longas.

Para exposições muito longas é necessário definir a velocidade do obturador ou trabalhar no modo Bulb, utilizando um cabo disparador ou controle remoto sem fios. Quase todos os fabricantes de câmeras disponibilizam esses acessórios da própria marca, mas existem no mercado, os alternativos, menos dispendiosos.
Um cabo disparador é, basicamente, um interruptor que mantém o obturador aberto enquanto o interruptor está acionado ou até que a bateria da câmera se esgote. Embora as câmeras mais atuais possuam disparadores ou controles- remotos de modelos específicos, as câmeras de filme mais antigas, assim como as de médio e grande formato, utilizam um cabo disparador mecânico universal.

Para fotógrafos que realizam longas exposições em bases regulares ou qualquer pessoa interessada em registrar trilhas das estrelas, é altamente recomendado o uso de disparadores que possuam timer.

 As diferenças de preço entre os acessórios de marca e os alternativos pode ser substancial. Ao que parece, os disparadores com timers integrados das marcas Canon e Nikon são fabricados por outra indústria e, em seguida,  recebem as marcas originais - os alternativos são vendidos por um terço do preço do custo dos originais.

 A grande vantagem dos disparadores com timer é que podem ser programados para uma exposição ou para uma sequência delas, ao contrário de um disparador sem timer, que obriga o fotógrafo a cronometrar o tempo de exposição com um relógio e fechar, manualmente, o obturador no instante exato. 

Bloqueadores

Flare vindos de fontes luminosas localizadas fora da cena podem provocar grandes problemas à noite, razão pela qual, é sempre essencial utilizar dispositivos que previnam o efeito indesejável, tal como o para-sol.
É importante escolher um modelo específico para cada lente, pois os modelos errados provocam vinhetas nas grande-angulares e podem não oferecer proteção adequada para uma teleobjetiva.

Os para-sóis estilo “borboleta”, que são projetados para objetivas zoom prometem atender o comprimento focal variável dessas lentes, mas não bloqueiam a luz vinda de várias fontes potencias de flare.


Uma alternativa útil pode complementar o efeito obtido com o para-sol: uma sapata ou braço articulado , normalmente, montado em tripés com uma garra para prender um bloqueador. Com esse acessório, o bloqueador feito de um cartão negro, pode ser colocado em qualquer posição e é mais eficaz do que um único para-sol.

Existem modelos de braços articulados que podem ser adaptados tanto na sapata da câmera quanto no tripé.

A utilização desse sistema é mais eficiente em noites de brisa suave pois, sob fortes ventos, o cartão vibrará, provocando movimento na câmera, funcionando como a vela de um barco.

Acessórios Básicos

Acima, estão algumas das necessidades básicas para a fotografia noturna, mas existem outros acessórios que podem tornar o trabalho de campo mais criativo, eficiente e confortável.

Embora a tecnologia de produção de baterias esteja sempre melhorando, é aconselhável que o fotógrafo tenha consigo, pelo menos, mais duas baterias sobressalentes para a câmera, e jogos extras para os flashes e para as lanternas.

Uma lanterna pequena presa a um cordão que possa ser usada ao redor do seu pescoço é uma ajuda inestimável para encontrar coisas dentro da mochila ou mesmo, enxergar os controles da câmera.

Esta, deve ser uma luz, relativamente, fraca, de preferência vermelha para preservar a visão noturna nos ambientes escuros. A  utilização de luz branca e intensa para a realização de tarefas de ajuste e manutenção, quando os olhos do fotógrafo já estão acomodados com a escuridão é, extremamente, desagradável e ineficiente, podendo ofuscar a visão, além de atrair a atenção indesejada para ele próprio.

Lanternas de cabeça são, também, acessórios de grande valia, que podem ser adquiridos a preços reduzidos. Facilitam, imensamente, quando o fotógrafo caminha no escuro ou necessita manipular objetos.

A “capa de chuva” para a câmera pode fazer a diferença se, diante de uma grande foto, a chuva se inicia. Existem várias opções de alta tecnologia para proteção de câmeras, mas uma touca de banho de plástico descartável, não ocupa espaço, não pesa a mochila e faz o trabalho muito bem sob chuva fraca e garoa. Um saco plástico de lixo e elástico também podem ajudar e mante-lo à mão é a segurança de que a mochila estará limpa e seca, caso seja necessário coloca-la no chão ou em locais sujos.

Lenços de papel, uma flanela ou um pequeno retalho de microfibra são úteis para manter a lente limpa e seca.

GPS e bússolas são muito úteis quando o trabalho de campo é realizado em locais abertos, fora do perímetro urbano ou desconhecidos.

As câmeras digitais registram o EXIF de cada exposição, mas muitos fotógrafos lançam mão de um gravador portátil para fazer anotações sobre a localização, exposições ou descrições detalhadas de detrminado light painting. Para os tradicionalistas. Um bloco de papel e uma caneta funcionam muito bem. Anotar as configurações das exposições é essencial para os amantes da fotografia analógica, pois a melhor forma de aprender a calcular a exposição é através da comparação dos negativos com a notas, cuidadosamente, registradas.

Não há muito mais necessário à Fotografia Noturna e o equipamento pode ser, sempre, ampliado : lanternas de variados modelos e formatos mais potentes, diferentes filtros, novas objetivas.

Antes de tudo, estudo e criatividade.

Kit Básico de ferramentas para Fotografia Noturna























1. Flash dedicado com suporte para filtro (gelatina)
2. Filtros coloridos para flash (gelatinas)
3. Cronômetro digital
4. Controle remoto ou disparador com timer
5. Controle remoto ou disparador sem timer, de reservaLiberação de duração indeterminada de reposição
6. Sapata de tripé ou Sargento
7. Nível de bolha
8. Lanterna pequena para orientação e auxílio
9. Lâmina de papel escuro ou papel cartão preto para que, enrolado em forma de cilindro, modifique e direcione o facho de luz das lanternas ou flashes.

10. Touca de banho de plástico para proteger a câmera
11. Lanterna de LED para a light painting
12. Lanternas diversas para a light painting
13. Clip para prender bloqueadores na câmera, evitando luzes intrusas na objetiva e flare
14. Bloqueadores pequenos

Andreia Bueno ©. Janeiro de 2012


No próximo post, mais sobre Fotografia Noturna.

2 comentários:

  1. Olá Andréia...

    adorei a matéria e sou fã da fotografia noturna, pena que tenho praticado pouco, mas irei me planejar melhor para esse 2012 para fazer excelentes registros, da forma que você nos ensinou... Parabéns...

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  2. Bacana d+ o post Andreia. Adoro essa sua foto lá em Tiradentes. Grande abraço.

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