domingo, 26 de julho de 2015

UMA QUESTÃO DE FOCO! O QUE FAZER PARA TER IMAGENS MAIS NÍTIDAS?


Dificuldades no entendimento das técnicas fotográficas e do funcionamento dos equipamentos fazem parte do processo de desenvolvimento de todo fotógrafo, mas existem coisas que provocam - quase - desespero, tanto nos amadores, quanto nos mais experientes.

Uma delas é a nitidez de nossas fotos.


A maioria de nós já passou por situações, como a compra de um equipamento novo, de última geração, caro e esperando um resultado superior, sentiu-se frustrado.
 
Por que isso acontece?

Muitas das nossas frustrações são fáceis de solucionar, pois, constantemente não utilizamos todos os recursos de nossos equipamentos.

Outras acontecem por culpa de nossas imensas expectativas em relação às imagens produzidas – esperamos, que o equipamento fotográfico nos entregue uma foto tão ou mais nítida, do que o olho humano consegue enxergar.

Os fabricantes de câmeras e acessórios se aproveitam disso para incentivar o consumo e nós, estamos sempre inclinados a trocar de equipamento, com o intuito de melhorar nossa produção.

Analisemos, então, alguns pontos, na busca de esclarecimento.

As Câmeras com maior contagem de megapixels entregam, obrigatoriamente, fotos mais nítidas.

A tecnologia responsável pelo desenvolvimento dos sensores, que equipam as câmeras digitais está muito mais avançada do que a ótica aplicada nos projetos das objetivas, que utilizamos. Isso significa que não aproveitamos todo o potencial dos sensores, pois as objetivas não conseguem resolver com precisão, os pequenos detalhes de forma a alcançar a amplitude da resolução oferecida pelas câmeras.

Até as mais recentes objetivas fabricadas sobre projetos cuidadosos, ainda estão bem aquém do necessário, para preservar os mínimos detalhes.





Esse problema é mais significativo nas câmeras equipadas com sensor APS, do que nas Full Frame – quanto maior o sensor, menor a consequência da ótica, especialmente, em casos de resolução reduzida.

A tecnologia de focagem das câmeras vem sendo aprimorada – é preciso conhecer e dominar os novos sistemas.



Os fabricantes investem, constantemente, em melhorias nos equipamentos, especialmente, na tecnologia do autofoco.

Até pouco tempo, o AF trabalhava com pontos simples, ativados um a um ou todos ao mesmo tempo.
Utilizando a “Seleção Manual do Ponto de Foco”, com um único ponto ativado, era mais fácil focar, travar e enquadrar a cena novamente.

Recentemente, o sistema foi aprimorado, para oferecer maiores possibilidades ao fotógrafo –a nova geração de câmeras foi equipada com uma tecnologia mais sofisticada -podemos selecionar grupos de pontos de focagem, acionando o número desejado de pontos de foco de acordo com a objetiva utilizada e definir seu desempenho, buscando maior precisão e mais facilidade de focagem em situações de baixa luminosidade.




Grande parte dos fotógrafos, que conheço e que adquiriu câmeras com os novos sistemas de focagem ainda não dominaram, completamente, a tecnologia ou se manteve utilizando o método antigo (um ponto simples), subutilizando o equipamento.

* Tentarei esclarecer sobre os novos sistemas nas próximas postagens.

Existe, ainda, outro fator que pode dificultar a nitidez das imagens, caso o fotógrafo troque seu equipamento APS, para outro Full Frame – haverá uma redução natural da profundidade de campo.

Isso não ocorre, exatamente, pelas características de construção do equipamento, mas sim porque o enquadramento numa câmera Full Frame é mais amplo, o que obriga o fotógrafo a utilizar uma objetiva com maior distância focal ou se aproximar mais da cena, para obter o mesmo ângulo de captura que obtinha, anteriormente, numa câmera APS, utilizando uma objetiva com distância focal menor – as duas manobras afetam a profundidade de campo disponível, reduzindo-a.

* Lembrete: são, basicamente, três os fatores que afetam a profundidade de campo, numa determinada situação: a abertura do diafragma, a distância focal e a distância entre a objetiva e o plano de foco

 

Câmeras bem configuradas e objetivas de alta qualidade, nem sempre vão oferecer imagens tão nítidas, quanto as que vemos em revistas e em peças publicitárias.

Nenhum arquivo digital de imagem sai da câmera perfeito, com todo seu potencial esgotado – é preciso passa-lo por um software adequado e realizar, pelo menos, um tratamento básico, que inclui, obrigatoriamente, aplicação de nitidez.

Normalmente, em imagens profissionais, aplica-se nitidez em três fases distintas:
a) Nitidez de Entrada – aplicada de maneira geral na imagem.
b) Nitidez Seletiva – aplicações feitas de forma localizada, em áreas selecionadas.
c) Nitidez de Saída – aplicada na imagem de maneira geral, mas com vistas à mídia de saída e nas dimensões finais da fotografia.

Todas as três manobras de aplicação de nitidez podem ser aplicadas através de softwares de conversão de arquivos RAW, do Photoshop ou de plug-ins específicos.

Pessoalmente, uso o Nik Sharpner Pro, da Nik Software. 


https://www.google.com/nikcollection/products/sharpener-pro/

Após essas manobras, a fotografia apresentará maior definição.

Atitudes simples, que podem minimizar a falta de nitidez das Imagens:

Consideremos, ainda, outros fatores que influenciam a nitidez das imagens e são responsabilidade direta do fotógrafo:

. Ajuste de dioptria, aplicada na câmera, de acordo com a necessidade do fotógrafo.
 . Seleção de velocidade de obturador adequada ao congelamento de uma cena em movimento.
. Controle de movimentação do fotógrafo, no momento do disparo.
. Desativação do estabilizador de imagem da objetiva, quando se fotografa com a câmera sobre um tripé.
. Definição de profundidade de campo adequada – configuração da abertura do diafragma, distanciamento entre a câmera e o plano de foco e escolha da distância focal.
. Bom senso na definição da sensibilidade ISO, diante de condições deficientes de luminosidade, evitando excesso de geração de ruído.


. Posicionamento correto e utilização de para sol em relação à cena e à fonte de luz, evitando flare.
. Avaliação da necessidade de travamento do espelho, considerando o tipo de fotografia desejada.

Objetivas de alto custo nem sempre produzem imagens perfeitas.

Realmente, isso deveria ser verdade, uma vez que, em se tratando de objetivas, quanto mais caras, melhores serão.

Mas existe a possibilidade de termos adquirido uma objetiva “ruim” ou termos baseado nossa escolha em opiniões, que por uma razão ou outra, supervalorizam determinada lente.

Podemos estar diante de uma terceira justificativa – tanto câmeras, quanto objetivas são produzidas em série, buscando redução de custos e podem sofrer variações na montagem.

Embora os projetos óticos sejam muito bem elaborados, componentes como os eletrônicos e motores, podem provocar variações, o que acaba por gerar uma objetiva com ligeiros desvios – uma mínima variação de mícrons na montagem da baioneta faz com que a distância entre a lente e o sensor fique fora do padrão projetado, alterando o plano de focagem.

Além de variações em virtude de problemas na montagem das objetivas, o uso frequente pode, também, gerar desvios.

Diante dessa possibilidade, algumas câmeras incorporaram o recurso de MICROAJUSTE DE FOCO.

Através do menu das câmeras é possível ajustar, milimetricamente, o foco para que o conjunto funcione melhor. A câmera memoriza o ajuste para cada lente e compensa o foco, automaticamente.





O processo pode ser feito manualmente ou através de softwares específicos, como os comercializados pela Reikan - O FoCal

Embora as opiniões sejam divergentes em relação à aplicação do microajuste, o recurso se mostra muito eficiente, desde que bem aplicado.

Na próxima postagem falaremos sobre isso – boa semana e fotos mais nítidas!
por Andreia Bueno
Studio3 Escola de Fotografia / Sesiminas

3 comentários:

  1. Gostaria de saber os preços, mensalidades destes cursos, por gentileza!Obrigado!

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  2. Gostaria de saber os preços, mensalidades destes cursos, por gentileza!Obrigado!

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  3. Olá Marília! No link a seguir, você encontra todas as informações sobre o Curso de Fotografia Profissional 2015:
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